Laboratórios de Futuros

"A direção na qual a educação se inicia a um homem irá determinar a sua vida futura.”

Platão

Sobre

O Laboratórios do Futuro visa criar pontes não convencionais entre o mundo da arte, a academia, a indústria e a sociedade.

Enquadramento

Os artistas criam arte. A arte é uma materialização do seu conhecimento. O conhecimento é testado e evolui através de metodologias de pesquisa pela prática que culminam em "objetos de arte".

Os artistas associam-se para facilitar a incubação, a aceleração e o choque entre práticas emergentes. Nos espaços de artista, ensaiam-se diferentes formas de pensamento, experimentam-se novas materialidades, formam-se comunidades de práticas e modelam-se formas de conhecimento futuro da arte.

A academia transmite o passado e incute nos artistas o espírito de experimentação contínua e de investigação nómada do presente. 

Como resultado de práticas individuais, comunitárias e académicas, os artistas são criadores e curadores informais do conhecimento que, somente mais tarde, será agregado e disseminado pela academia. 

Em relação com outros campos do conhecimento, a arte inspira soluções não convencionais e transforma o conhecimento científico e tecnológico numa experiência imersiva e mais abrangente. Como mediador, a arte aproxima a ciência e a tecnologia dos seus públicos e da sociedade, contribuindo para a difusão e adoção de conhecimentos críticos e reflexivos de forma experiencial. 

O Laboratório de Futuros procura criar pontes singulares entre diferentes ecologias do conhecimento e expandir as possibilidades de cocriação, mediação, envolvimento e disseminação não formal entre arte, academia, indústria e sociedade.  

A arte acelera as ideias atuais sobre a necessidade de imaginar e reimaginar o futuro, de enfrentar os desafios globais, de debater a humanização da tecnologia e de construir uma sociedade melhor, mais conectada e mais justa.

Missão da ACEDA

Criar pontes e laços sociais, críticos e criativos, entre artistas, cientistas e a sociedade.

Visão

Criar ou tornar-se num palco para eventos experimentais, numa plataforma de trabalho em rede, num fórum de discussão interdisciplinar e numa incubadora e aceleradora local para a interseção entre arte, academia, indústria e sociedade.

Objetivos

  • Criar pontes não convencionais entre artistas, cientistas e outras partes interessadas
  • Desenvolver práticas artísticas de investigação partilhada, mediação, envolvimento e difusão de conhecimento científico. 
  • Explorar conexões entre arte, academia, indústria e sociedade
  • Desenvolver projetos de arte, ciência e tecnologia
  • Apoiar a criação, transferência e partilha de ideias e práticas entre diferentes sectores.
  • Desenvolver ecossistemas de base local.

Atividades

(transversais)

  • Desenvolver curadoria e produzir  colaborações entre arte e ciência.
  • Promover programas de residência artística e projetos de artes performativas e media arte que entrelaçam ciência, tecnologia e inovação em empresas/indústria
  • Criar projetos orientados para a investigação e para a inovação não convencional.
  • Criar e novos públicos. 
  • Promover a investigação, organiza palestras sobre desenvolvimentos na intersecção da arte, ciência, tecnologia e negócios.

Metodologia

  • Identificar desafios comuns ligados a necessidades concretas.
  • Reunir e criar valor para diferentes partes interessadas.
  • Planear, conceber, executar e avaliar projetos piloto de cariz pública ou independente. 
  • Explorar diferentes enquadramentos, intensidades e escalas de ação.
  • Trabalhar com e para parceiros para promover artistas, soluções criativas e inovações sustentáveis.

Arte e Conhecimento

Da criação à circulação de conhecimentos

Desde a delimitação do âmbito e a criação/produção até à valorização, as artes desempenham um papel em todas as fases do fluxo de criação de conhecimentos. Quatro formas de colaboração em que as artes e as organizações culturais como a ACEDA contribuem para a valorização do conhecimento:

Investigação conjunta

Alimentar a investigação durante a fase de delimitação de âmbito.

  1. Novas reflexões e questões de investigação
  2. Liga investigadores e a sociedade a cenários futuros e a questões societais complexas (“pensamento especulativo”),

Contribui para a formulação de questões de investigação mais relevantes para a sociedade.

Mediação

Facilita a ligação entre vários grupos de partes interessadas nos processos de conhecimento.

  • Elo de ligação entre a investigação (universidades e organizações de investigação), a indústria e/ou a sociedade (cidadãos e comunidades).
    • a) Limitada a um projeto específico
    • b) Parcerias mais estruturadas e a longo prazo.

Envolvimento

Oferecemos espaços para a experimentação e o envolvimento dos cidadãos.

  1. Espaços híbridos como  laboratórios para cidadãos, centros criativos, espaços de criação, etc. - locais que promovem a a familiarização com os resultados da investigação e os seus benefícios de uma forma participativa,
  2. Cocria novas visões e soluções baseadas na investigação para questões específicas.

Difusão

Dos resultados da investigação.

  1. Capacidade de comunicar de uma forma não convencional - traduz conteúdos complexos numa linguagem compreensível e crítica os resultados da investigação à sociedade e aos seus subgrupos alvo (jovens, adultos, estudantes, idosos, etc.).
  2. Dá voz a reflexões, dúvidas ou outras emoções que acompanham os novos conhecimentos e inovações.

Modelo Transversal

Hélice quadrupla (e fonte 2)

A arte como um catalisador na formação de configurações e redes intercientíficas e transdisciplinares.

Modelo de Investigação Conjunta

A ACEDA contribui para a investigação na fase de delimitação do âmbito. Promove a cocriação, a inovação e a investigação intersetorial. Introduz novas ideias e questões de investigação.  Desenvolve novos conceitos, inclui conhecimentos e experiências artísticas e desenvolve atividades complementares em domínios científicos, tecnológicos e sociais. Liga os investigadores e a sociedade a cenários futuros e a questões societais complexas. Promove a fertilização cruzada através do desenvolvimento de desafios partilhados ou como resposta a problemas comuns. Sustentado pela colaboração, articula o “pensamento especulativo” com conhecimentos e competências especializada nos resultados finais da investigação. A arte introduz a ciência na visão global e na capacidade de refletir sobre cenários futuros - projetado, previsível, preferível, plausível, possível, absurdo e desconhecível ou inimaginável.

Atividades

  • Inicia e promove convites à apresentação de propostas
  • Desenvolve curadoria de eventos e conferências
  • Promove residências artísticas cruzadas
  • Cria ou é um palco para espetáculos e exposições que exploram a interseção entre arte, ciência e tecnologia.

Modelo de Mediação

A ACEDA facilita a conexão entre diversas partes interessadas. Constrói pontes e formas de conexão entre pesquisa (academia e organizações de pesquisa), indústria e/ou sociedade (cidadãos e comunidades).

Assume a função de produção cultural, curadoria, mediação e de tradutor entre os diferentes campos. Fornece o ambiente onde as diferentes partes interessadas podem interagir e facilita, orienta e apoia a comunicação de projetos.

Atividades

Desenvolve, produz e facilita atividades entre arte, ciência e tecnologia.

Modelo de Envolvimento

A ACEDA serve como um espaço para experimentação e envolvimento dos cidadãos. Afirma-se como espaço híbrido, como laboratório cidadão, centro criativo e espaço de artistas. Promove a participação, a inovação aberta centrada no praticante, a ciência cidadã e a cultura maker open-source. Afirma-se como uma plataforma de encontro, um espaço de aprendizagem que facilita a transferência de conhecimento e uma incubadora que encoraja e cultiva a coprodução de novas práticas baseadas na pesquisa artística, científica e tecnológica. Defende o acesso a equipamentos e ferramentas partilhadas e a inovação fora dos silos académicos e das empresas.

Atividades

Cria atividades que promovem a transferência de conhecimento e o desenvolvimento da cultura maker (DIY e DITO/DIWO) através de programas, laboratórios e workshops de arte, a ciência e a sociedade.

Modelo de Disseminação

A ACEDA utiliza canais e formatos não convencionais para comunicar/disseminar ciência para a sociedade e seus subgrupos-alvo (jovens, adultos, estudantes, idosos, etc.). Cria eventos que aproximam a percepção da ciência de diferentes formas de experiência humana.

Funcionalmente, a ACEDA dissemina resultados científicos de forma não convencional, dá voz a reflexões (críticas), dúvidas, medos ou outras emoções na sociedade que estão ligados novos conhecimentos e inovações e promove o diálogo público entre pesquisadores e a sociedade civil. Em suma, procura reunir diferentes perspectivas para criar algo relevante, o que inclui a compreensão dos contextos, a reflexão crítica e os debates críticos expandidos.

Atividades

Desenvolve ações de sensibilização de públicos:

  • Cura eventos e programas públicos que catalisam problemas societais e a literacia científica através das artes.
    • Envolvimento de artistas
    • Envolvimento de públicos
    • Envolvimento de estudantes.

A Arte Inspira

Projeto únicos

Programa inovadores

Parcerias estratégicas

Co-modela ecossistemas de conhecimento

através da ligação entre:

Artistas, Organizações Artísticas Hibridas e Instituições Culturais

Universidades e institutos de investigação, institutos de ensino

Plataformas industriais e organizações de clusters que operem a nível local.

e de inciativas:

Cocriaçao

Apoio à cocriação de conhecimento e envolvimento das artes na investigação científica (hard e soft) e inovação (tecnológica, social, etc.)

Eventos Híbridos 

  • De formatos que integrem a ciência nos múltiplos formatos da arte:
    • Black, white, green e digital box da arte
    • Festivais e bienais, incluindo arte pública.

Participação cidadã

  • Eventos de ciência e de inovação aberta
  • Valorização de atividades de envolvimento e mediação de conhecimento.

Participação em plataformas e redes

  • Que incentivem:
    • A colaboração e a experimentação intersetorial.
    • Construção de capacidade e desenvolvimento de competências.

Metodologia

  1. Escolher resultado desejado (económico, educativo, social, cultural, etc.).
    1. Objetivo: Listar metas realistas e tangíveis
    2. Resultado: Alinhar especialistas necessários para consulta ou mentoria durante as atividades
  2. Definir tema, tópico e atividades de incubação
    1. Objetivo: Refletir desafios, problemas ou preocupações
    2. Resultado: Definir projeto (exposição, produto ou design inovador).
  3. Criar uma equipa para coordenar e facilitar atividades
    1.  Objetivos
      • Recrutar “especialistas” externos que inspirem ao desenvolvimento de um pensamento e práticas inovadoras através da partilha da novidade nos seus respetivos domínios.
      • Desenvolver ideias e praticas interdisciplinares de vanguarda

      • Garantir o sucesso da iniciativa (gestão, organização e comunicação).

    2. Resultado
      • Coordenador para liderar a equipe, organizar os mentores, localização, equipamento e avaliar a atividade
      • Mentores especialistas para liderar a atividade.
      • Oficial de comunicação para ajudar a conectar públicos e disseminar aprendizagens.
      • Designer para gerir a web e conteúdos
      • Co-facilitador de atividades que articula o espaço, o público-alvo, workshops de facilitação e ajuda os mentores na execução da atividades.
  4. Local para atividades de incubação

    1. Objetivo: Encontrar um estúdio que permita responder às necessidades humanas, técnicas e ambientais da atividade

    2. Resultado: Facilitar o sucesso dos processos de encontro, partilha/transferência e incubação, sendo também um espaço acessível ao público e com links diretos para outras organizações (academia, incubadoras de startups e empresas).

  5. Identificação e conexão com o público alvo (participante)
    1. Objetivo: Identificar os principais grupos que beneficiam com o envolvimento nas atividades de incubação

    2. Resultado: Criar estratégias de comunicação e atividades dirigidas para incentivar o envolvimento do público-alvo (correspondência aberta ou fechada, entre outras estratégias).

  6. Estratégia de Comunicação 
    1. Objetivo: Plano de comunicação para envolver o público-alvo e uma estratégia de alcance de públicos de interesse e não públicos.
    2. Resultado: Mensagens e canais (rede, a média social e imprensa)

  7. Atividades de Incubação

    • Objetivo: Correspondência entre atores mistos (artistas, cientistas e outros participantes) com desafios partilhados sobre um determinado tópico (a definir em cada laboratório)

    • Resultado: Fechar as etapas do plano: 

      • Palestra ou debate liderado por especialistas sobre o tema ou desafio específico em questão.

      • Brainstorming para abordar o problema ou preocupação

      • Feedback de mentores

      • Formação de grupos para experimentação

      • Desenvolvimento da experimentação orientada para processo/produto

      • Apresentação de ideias a um painel de especialistas (arte, ciência e negócios) para determinar as propostas mais inovadoras.

  8. Avaliação e disseminação

    1. Objetivo: Documentar e planear cenários de loop positivo e negativo entre resultados e objetivos.

    2. Resultado: Capturar resultados positivos e aprender com os erros sejam aprendidos – dependendo do resultado da atividade.

      • Se for bem-sucedida:

        • Leva à criação de um produto, exposição ou processo que seja considerado inovador pela comunidade de mentores especialistas.

        • Os participantes adquirem novas habilidades e competências pessoais e sociais, como coesão social e renovação do interesse pelos campos ciência, tecnologia e arte.

      • Independentemente do resultado, dissemina-se os resultados, permitindo que atividades futuras se baseiem no conhecimento da experiência de incubação.

  9. Legado
    1. Objetivo: Garantir que a atividade continuará a inspirar inovação além da vida útil do projeto.

    2. Resultado: Promover a investigação em termos de oportunidades, levar a ideia da fase de conceção à execução/fruição empreendedora.

Resultado 

Ciência com Arte

Criamos processos abertos e relacionais

Desenvolvemos competências criativas dos cientistas e dos seus públicos.

Transformamos a ciência em experiências e narrativas significativas.

Arte com Ciência

A ciência despoleta o pensamento artístico.

Criamos arte com e a partir do conhecimento científico

Alteramos a forma como se experiencia o conhecimento.

Integração

(ou objetivo final imanente)

Conectar os participantes da atividade com organizações relevantes (públicas, privadas e cívicas).