Artistas nas Organizações Cívicas

Iniciativas para o desenvolvimento da democracia cultural e do tecido associativo


Democracia Cultural

Missão (1)

  • Ajudar as organizações cívicas a cumprir os seus fins e a desenvolver a participação cultural das suas comunidades de interesse. 

Objetivos

  • Promover a arte enquanto prática social expandida.
  • Criar correspondências entre artistas e os desafios das organizações.
  • Elevar os níveis de prontidão da comunidade através da participação cultural.
  • Promover o desenvolvimento de lideranças, organizações e dos seus serviços e atividades.
  • Facilitar a formação de clusters, partilha de conhecimento e aprendizagem entre pares.
  • Promover a colaboração com a ACEDA. 
  • Desenvolver ecossistemas de base local centrado em práticas comunitárias.

Modelo

Organização: Define o desafio (necessidade, problema ou questão), o âmbito e duração (tempo determinado/indeterminado).

Exemplos D'Agora: Trabalha com a organização e/ou seleciona e acompanha o processo do artista, garantindo a boa relação e desempenho entre as duas partes e impactos na comunidade.

Em regime de colaboração: Desenvolve a resposta ao desafio no âmbito e duração determinada pela organização.  


Enquadramentos entre Organizações e a Exemplos D'Agora

Comissão

Encomenda

Parcerias

Coprodução

Clusters

Cocriação

Redes

Práticas de conhecimento comum (P2P)


Tipologias Liquidas de Artistas nas Organizações 

Artista como autor

Artista como facilitador

Artista como programador

Artista como investigador

Artista como consultor

Artivista

Artista como formador

Artista como animador

Artista como "paraquedista"


Enquadramentos dos Artistas nas Organizações Hospedeiras

Centrado no crescimento profissional e desenvolvimento de carreira enquanto artista

Centrado no processo de mudança e de ampliação de impacto da organização

Centrado no desenvolvimento da comunidade

Centrado na comunidade e na organização


Diferenciação de Práticas Artísticas

Prática de estúdio tradicional

Os artistas criam e envolvem-se com os vizinhos/residentes como público.

Prática Social

(projeto relacional centrado na arte)

Co-criação - eventos ou situações em que as comunidades atuam como criadores, ou para além das condicionantes que têm ou se encontram. 

Prática Cívica

(projeto relacional centrado nas necessidades particulares)

Os artistas concebem um projeto em conjunto com vizinhos e residentes; a intenção visa servir as necessidades autodefinidas de uma comunidade/parceiro público, tendo em vista a transformação e empoderamento social.

Artista envolvido com a organização

(projeto centrado no  tema/conhecimento)

Ligada à performance e desenvolvimento organizacional, criando serviços e eventos que  mobilizem a própria comunidade ou captem a atenção pública. 


Artistas e Desenvolvimento da Comunidade

Enquadramento Arte e Comunidade

(relações duradouras com impacto positivo social nas comunidades)

  • Constrói pontes e promove a empatia
  • Aborda questões sociais e de desigualdade
  • Incentiva a participação cívica e o ativismo
  • Cria espaços para o diálogo e bem-estar como catalisador para a mudança social.

Prática Artística Comunitária

 (da expressão individual para a capacitação coletiva, do objeto artístico para o processo social)

  • Como facilitadores, colaboradores e artivistas: colaboração, participação e interação com comunidades ou grupos específicos de pessoas.
  • Cria espaços de diálogo, partilha e colaboração.
  • Arte como meio para a mudança social: convida as comunidades a colaborar em projetos artísticos, workshops, espetáculos ou instalações, facilitando o diálogo sobre temas difíceis, traumas ou histórias partilhadas.

Arte como linguagem comum

  • Partilha de perspectivas, histórias e experiências - desafio de noções preconcebidas e preconceitos.
  • Expressão de preocupações, defesa de direitos e captação de atenção para as injustiças sistémicas
  • Criação de pertença, resiliência e de esperança nas comunidades.

Arte como método de resolução de problemas e meio de emancipação pessoal e coletiva

A comunidade torna-se num agente ativo

  • Forma as suas próprias narrativas e futuros.

Arte como transformação

Arte como catalisador:

  • Sentido de responsabilidade coletiva: Inspira indivíduos/comunidade a continuar o trabalho de mudança social.

A Comunidade

(como participante ativo no processo criativo e agente de mudança)

Em relação com a arte

Curadora

Enfatiza, define e seleciona temas/conceitos, artistas e programas artísticos

Programadora 

Inicia, seleciona e organiza programas artísticos

Produtora 

Gere, apoia e facilita a realização da ideia à apresentação

Cocriadora 

Influencia, modela e decide o(s) projeto(s) com o(s) artista(s)

Inspiração 

Fonte de ideias e de conhecimentos tácitos para um trabalho artístico sem os seus contributos diretos e criativos (com = cocriação)

Participante

Aprendizagem prática. Voluntariado ou participação em atividades artísticas

Público 

Eventos artísticos

Em relação a Si

Facilitadora

Partilha de perspectivas, histórias e experiências - desafio de noções preconcebidas e preconceitos.

Mediadora

Cria espaços de diálogo, partilha e colaboração.

Agente de mudança

Expressão de preocupações, defesa de direitos e captação de atenção para as injustiças sistémicas

Catalisadora

Ativa na formação das suas próprias narrativas e futuros.


Tecido Associativo

Missão (2)

Conectar e fortalecer o tecido associativo local. 

Objetivos

  • Facilitar a formação de micro clusters culturais
  • Acelerar relações, interações e formação de interdependências entre associações locais
  • Promover a mobilidade de artistas entre as associações
  • Apoiar novos projetos e processos de produção cultural
  • Facilitar a produção e disseminação de fluxos de conhecimento prático entre artistas, parceiros externos, centros de pesquisa académica e comunidade.
  • Ampliar e densificar a escala geral de atividade existente e o impacto do tecido associativo na vida das comunidades e em diferentes setores da economia.

Atividades Chave

    Ações coletivas de benefício mútuo que criem valor de vinculação e de transição. 

    • Cooperação, Peerlearning e Networking 
    • Matchmaking entre diferentes atores, setores e domínios
    • Disseminação informação, conhecimento e de boas práticas

    Atividades Estratégicas Orientadas para

    Ecossistema Nascente ou Incompleto

    Desafio ou definição de problema

    Número insuficiente de atores e os principais recursos e condições favoráveis ​​estão ausentes ou são pouco eficientes e efetivos.

    Atividades da ACEDA

    • Reunir atores mais dinâmicos para desenvolver uma visão conjunta sobre o próprio ecossistema
    • Promover a construção de relações e  valores partilhados
    • Desenvolver a capacidade dos atores e efetividade dos recursos existentes
    • Criar novos atores e atrair novos recursos
    • Criar ações de curto prazo para abordar bloqueios e restrições partilhados pelos atores

    Ecossistema Desequilibrado ou assimétrico

    Desafio ou definição de problema

    Muito pesados e/ou muito fracos, seja por serem dominados por apenas um ou dois tipos de atores ou setores, seja pela dependência excessiva de alguns recursos e/ou incapacidade em aceder a outros.

    Atividades da ACEDA

    • Reunir os atores e partes interessadas
    • Identificar atores, papéis, recursos e condições ausentes
    • Desenvolver planos de ação conjuntos para fortalecer elementos que estão subdesenvolvidos.

    Ecossistema estabelecido, mas desconectado

    Desafio ou definição de problema

    Falta de sinergia, coordenação e partilha, informações associado a baixos níveis de confiança, colaboração ineficaz e/ou pouca capacidade para gerar uma ação coletiva eficaz.

    Atividades da ACEDA

    • Ajudar os atores a ver quem está a fazer o quê
    • Identificar os pontos fortes por meio de mapeamento e de workshops com múltiplas partes interessadas.
    • Criar novas plataformas para promover a partilha de informações e facilitar atividades colaborativas, incluindo capacitação.

    Arte 

    como:

    Questiona

    A diferença entre a prática e a investigação.

    Facilita

    Processos de descentralização da decisão, desenvolvimento de equipas, da performance organizacional, crescimento de atividades artísticas  e empoderamento de comunidades (inclusão, celebração, educação, saúde e bem-estar, etc.).

    Recurso

    Informação

    Formação (apoio de pares)

    Experimentação/mudança

     - novas formas de organização, com novas funções, formas de trabalhar, de interagir e de constelar.

    Influencia

    Financiadores, comissários e decisores políticos.

    Ponte

    Entre associações, a academia e o poder local para:

    - Apoiar redes de pares

    - Construir relações entre comunidades culturais, desenvolvimento social e qualidade de vida, saúde e bem-estar.

    Incita

    Desenvolvimento de infraestruturas sociais centradas nas pessoas.

    Medeia

    Capacitação mútua entre os agentes de mudança.


    Uma base comum

    (Re)Pensar a Organização

    Cria: Mapa de informação sobre pessoas (competências, talentos e histórias), artistas, associações e redes locais para planeamento e desenvolvimento.

    Mapeia: Perfis específicos de artistas, incubação projetos e aprofundamento de relações entre a organização, os artistas (listados) e as comunidades. 

    Define: Três formas de matchmaking:

    • Call 4 artists e propõe diferentes formas de colaboração
    • Cria, com a tua comunidade, um grupo de consultores artísticos e culturais
    • Recorre a especialistas

    Conecta: Valores partilhados para nortear a colaboração artista -desenvolvimento comunitário.

    • Define diretrizes internas que detalham valores, critérios e delineação de projetos (e se envolver as comunidades e os artistas como parceiros de reflexão?)
    • Forma grupo de trabalho: Quando e onde colocar artistas, para que fins e qual a duração?

    Enfatiza: Diferentes tipos de projetos e iniciativas:

    • Comissões: Colaborações de curto prazo.
    • Parcerias: Colaborações abertas, formalizadas ou não através memorandos de entendimento;
    • Grandes projetos de conceção e planeamento que envolvem contratos onde se detalham expectativas e contributos por parte de cada parceiro.

    Explora: Residências artísticas (ver: diferenciação de práticas artísticas)

    Testa: Parcerias com centros e equipamentos culturais

    • Criar ou reforçar parcerias informais, mas críticas, com as instituições ou outras organizações artísticas e culturais
      • Aumentar o nível de experiência das organizações frente às suas comunidades
      • Ligar a organização a novos artistas e gerar novos públicos para os esforços de criação de espaços criativos.

    Apresenta: Transforma o espaço

    • Cria um espaço partilhado onde as pessoas podem:
      • Aprofundar a aprendizagem não formal ao longo da vida
      • Dialogar de forma aberta e segura sobre uma diversidade de temas que afetam a vida da comunidade
      • Criar, assistir ou contemplar uma oferta cultural de regular, diversificada e de qualidade de forma intimista (EGEAC)
      • Abrir a participação a não associados

      Incuba: Programações plurianuais e descentralização de atividades:

        • Programar o espaço público de forma mais regular
        • Incorporar a programação de outras organizações, (assim como inverso), desenvolver programação conjunta e complementar.
        • Alargar comunidades e redes de parcerias

      Sustenta: Experimenta e aprende como organização

      • Desenvolve pilotos
      • Testa os limites internos (prazos) e alcance externo (resultados)
      • Sustenta o trabalho cultural a longo prazo

       

      Os artistas podem contribuir para o desenvolvimento significativo das organizações, dos cidadãos e da sociedade. O processo artístico é um método viável para alcançar novos impactos e promover a gestão da mudança nas organizações civis.

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